nada além de ir a frente. seguir.
se esvai alguéns em mim, alguns.
uns algos e aléns escoam no olhar
(lugar há por onde passar), mas dói.
Friday, August 25, 2006
Sunday, August 20, 2006
Um dia por outro
Como se fosse quinta passada digo:
Me veio hoje a sensação de morte.
Não que fosse uma primeira visita,
Que nunca a tivesse sentido forte...
Atento, só, ao corromper da sorte.
Acidente, dinheiro, namoro, transe,
Acréscimo, sangue, cuidado, corte...
A morte sentida, à lendas imita
Dando-me certo que a vida expande.
Antes que venha a morte da idéia
Sigo trazendo à mim o que nasce.
Transmuto em meu barro, que sou
neste mato, as aguas que correm
encontrando o regato.
Me veio hoje a sensação de morte.
Não que fosse uma primeira visita,
Que nunca a tivesse sentido forte...
Atento, só, ao corromper da sorte.
Acidente, dinheiro, namoro, transe,
Acréscimo, sangue, cuidado, corte...
A morte sentida, à lendas imita
Dando-me certo que a vida expande.
Antes que venha a morte da idéia
Sigo trazendo à mim o que nasce.
Transmuto em meu barro, que sou
neste mato, as aguas que correm
encontrando o regato.
Tuesday, August 15, 2006
Ao meu lado, aqui bem perto.
De coisas que se diz sobre morte sei bastante.
Desconhecido, soube hoje o cheiro. Odor de solidão.
Um bom senhor
(não que o admirasse
ou mesmo me recorde de sua face,
mas bom se torna o pior vilão quando morre,
e não tenho notícias de que este senhor fosse ruim),
foi-se de mim, de meu convívio possível. Não sei se o vi
no pouco tempo em que vivo aqui de onde escrevo, mas foi-se.
"A polícia ficou aqui o dia inteiro", "Sozinho lá. Pra mais de uma semana"
De forte dele me ficou o cheiro. Sua janela está aberta. Há cães.
Não por lá, mas cá, sob a sola da casa em que escrevo agora.
Seu corpo já não some no ar da sala que me faz janela.
Ela, a sala, deu-lhe o último ar que trafegou-lhe.
Não que lhe estimasse a vida ou suspiro,
mas sala cabe ar, corpo e novela.
Um bom senhor.
Um livro fechado pelo meio adormeceu na estante.
Coitado, a tv estava ligada no horário de eleição.
Desconhecido, soube hoje o cheiro. Odor de solidão.
Um bom senhor
(não que o admirasse
ou mesmo me recorde de sua face,
mas bom se torna o pior vilão quando morre,
e não tenho notícias de que este senhor fosse ruim),
foi-se de mim, de meu convívio possível. Não sei se o vi
no pouco tempo em que vivo aqui de onde escrevo, mas foi-se.
"A polícia ficou aqui o dia inteiro", "Sozinho lá. Pra mais de uma semana"
De forte dele me ficou o cheiro. Sua janela está aberta. Há cães.
Não por lá, mas cá, sob a sola da casa em que escrevo agora.
Seu corpo já não some no ar da sala que me faz janela.
Ela, a sala, deu-lhe o último ar que trafegou-lhe.
Não que lhe estimasse a vida ou suspiro,
mas sala cabe ar, corpo e novela.
Um bom senhor.
Um livro fechado pelo meio adormeceu na estante.
Coitado, a tv estava ligada no horário de eleição.
Sunday, August 13, 2006
Não está bom não... Mas vai ficar ótimo!
enquanto se ajeita por dentro,
o menino se desagrada com a rua.
enquanto segue a organizar seu sonho,
esbarra na realidade como cego absorto.
enquanto cresce, se aprecia crescendo e
esquece de trocar a roupa que rasga
enquanto sente o choro vindo pelas costas,
nem se lembra direito por causa de quê nasceu.
enquanto vive e cumpre os dias feito adulto grande,
passeia bilha na búlica, girando entre os gudes coloridos.
girando sem cair, quase mas não, até parar. pra apostar
analisando o jogo como fica e o talento de quem vai jogar.
o menino se desagrada com a rua.
enquanto segue a organizar seu sonho,
esbarra na realidade como cego absorto.
enquanto cresce, se aprecia crescendo e
esquece de trocar a roupa que rasga
enquanto sente o choro vindo pelas costas,
nem se lembra direito por causa de quê nasceu.
enquanto vive e cumpre os dias feito adulto grande,
passeia bilha na búlica, girando entre os gudes coloridos.
girando sem cair, quase mas não, até parar. pra apostar
analisando o jogo como fica e o talento de quem vai jogar.
Wednesday, August 09, 2006
A roda gira. As vezes pára e me resta a paisagem.
Todos os sonhos e projetos estão vindo às mãos.
E da maneira mais carinhosa possível. E lenta também.
Como a maturação do casulo convertendo-se sob o sol.
E da maneira mais carinhosa possível. E lenta também.
Como a maturação do casulo convertendo-se sob o sol.
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