Sunday, April 11, 2010

Os textos dos últimos dias (que não vieram ainda)

Vim cá ver e Glauco ainda me olha. É o luto que demora. Há mais idade que seu filho, eu rio com o que dele sai. Na Circo. Na chiclete e outras mais. Glauco é o nome de um irmão que tenho. Talvez o primeiro e ele está a um telefonema. Mas perdemos o aprofundar um pouco. Mas quando o leio na rede e vejo o que ele lê, reconheço o cara que tem faca no pensar. Que só se deixa tocar pelo que há de seco e direto na poesia. Ele me apresentou Dylan Thomas. Me apresentou Joy Division. O Glauco meu amigo que está bem e vivo. E agora penso que também para gastar o banal serve a rede. Para que quando eu o veja possa ir direto ao assunto. /// Todos as vezes que vim aqui escrever sobre o ator, sobre ensaio, sobre escrita em teatro, sobre vida que segue, me deparei com seu nome e não podia postar. Hoje me forcei, pelo título, a invocar as idéias travadas, mas nada. Mais um pouco de Glauco saiu. Há muito talvez dele em mim. Mais do que eu poderia levar. Talvez não possa devolver o que trouxe, ele não quer talvez. Não sei. Outro dia fui na praça que me habita ainda. Ver mãe na páscoa. E vi Caio com amigos maiores. Caio é filho do irmão que tive pequeno por ser vizinho. Eles jogavam bola. E nisso há mais do que mil textos poderiam contar. /// Pensar a arte de atuar, é também visitar nossa fragilidade. E quando passo rápido por onde nasci é que me sinto mais covarde.

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